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Empreendedorismo

Projeto para mulheres na tecnologia vence Campus Mobile 2016

coaShe. quer mudar cenário de mulheres na tecnologia através de plataforma mobile para coaching e mentoria

No dia 22 de Janeiro aconteceu a Semana Presencial do Programa Campus Mobile 2016, do Instituto Embratel Claro, em parceria com a Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI – TEC) e com o apoio do Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (LSI-USP).

Campus Mobile 2016
Campus Mobile 2016

A iniciativa tem como objetivo principal identificar, estimular a contribuir para a formação de jovens talentos que desejam atuar no desenvolvimento de soluções inovadoras para dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Os projetos devem ser desenvolvidos promovendo o benefício social, voltado para o desenvolvimento da educação, da cidadania, da saúde e do meio ambiente.

Na categoria Facilidades, um dos projetos vencedores é o coaShe., uma plataforma mobile de mentoria e coaching para mulheres de tecnologia. Nesta plataforma, as mulheres podem oferecer mentoria em assuntos profissionais ou buscar por conhecimentos sobre o qual gostariam de saber mais. O propósito principal do coaShe. é iluminar histórias de mulheres que fazer trabalhos incríveis na tecnologia para que elas possam servir de inspiração para que outras mulheres se identifiquem com a área e também para que possam conquistar posições cada vez mais estratégicas na carreira.

Equipe coaShe.
Equipe coaShe. na Campus Mobile 2016

O coaShe. é um projeto que foi iniciado em um programa brasileiro de desenvolvimento iOS, o BEPiD Campinas. O time de fundadores é formado por Carolina Bonturi, aluna de Ciência da Computação, Sidney Orlovski, aluno de Engenharia de Computação, e Daví Rodrigues, aluno de Engenharia de Controle e Automação na Unicamp. O sonho dos fundadores do projeto é mudar o cenário da Tecnologia quanto à diversidade:

"A diferença em relação à distribuição de gênero entre profissionais na Tecnologia é devastadora: no Brasil, as mulheres representam apenas 20% da força de trabalho e esse baixo percentual se repete em muitos outros países. “Uma das razões verificadas através de pesquisas e entrevistas para que este cenário se consolide é o fato de existirem poucas modelos profissionais femininas (“role models”) especialmente ocupando cargos de destaque na mídia ou de influência estratégica nas empresas de tecnologia." - Carolina Bonturi

Carol Bonturi
Carol Bonturi. Fonte: Arquivo Pessoal

A falta de role models desencadeia dois grandes problemas:
1) as mulheres não se identificam com a profissão e deixam de considerar carreiras de tecnologia como escolha profissional, e então temos a baixa procura por esses cursos universitários;

2) as mulheres não conseguem enxergar um caminho claro para avançar na carreira, pois existe um mistério e um sentimento de isolamento, uma vez que a falta de role models apaga o caminho das mulheres para atingir determinada posição. O foco da solução, segundo Sidney, está em garantir que essas role models estejam presentes no imaginário e na vida da mulher que está na Tecnologia, e que tanto a mulher em posição consolidada, quanto a mulher em início de carreira possam se unir e criar uma comunidade de compartilhamento e orientação profissionais.

Para Daví Rodrigues, que tem experiência com projetos sociais, o valor do coaShe. está no fato de que o projeto pode se tornar uma ferramenta poderosa de transformação social.

"Existem mulheres engenheiras, cientistas e em muitos cargos na área de tecnologia que atuam de forma brilhante no mercado. Estamos propondo uma mudança na abordagem, trazendo um discurso positivo de transformação: ao invés de reforçar a falta de mulheres, nossa solução irá iluminar as mulheres que estão alcançando grandes posições sociais e profissionais. Por exemplo: uma estagiária do setor mobile que se sente hostilizada no ambiente de trabalho pode transformar seu sentimento de isolamento ao encontrar uma mentora que foi bem sucedida na criação de um app; ou uma gerente da área de processadores pode encontrar uma mentora para trocar experiências so bre questões técnicas de hardware; ou uma diretora pode procurar uma mentora para conversar sobre a cultura de determinado país, para onde ele acabou de ser transferida." - Daví Rodrigues

Há inúmeras possibilidades e todas as mulheres podem ser mentoras (ou coaches) e/ou mentoradas (coachees). Não existe uma hierarquia imposta e a proposta é transformar as relações de trabalho das mulheres de tecnologia, para que elas possam trocar experiências e participar em comunidade de um processo de desenvolvimento mútuo.

Além da plataforma mobile, com previsão de lançamento para maio deste ano, o coaShe. também atua na web com o blog coaShe. em que histórias de mulheres inspiradoras são publicadas mensalmente.

Claudia Bauzer
Claudia Bauzer, uma das primeiras mulheres Doutora em Computação no Brasil

A primeira entrevista é com a Professora Claudia Medeiros Bauzer, uma das primeiras mulheres do Brasil a conquistar um título de doutora em Computação. Na entrevista, as leitoras podem conhecer melhor o caminho profissional de Claudia Bauzer e se sentirem inspiradas com a carreira acadêmica.

Na próxima semana, o coaShe. estará na Campus Party Brasil[9], expondo o projeto no Startup & Makers. Os fundadores estão planejando uma ação de marketing que vai entregar uma mensagem para as calouras dos cursos de Tecnologia da Unicamp e USP. Segundo Carolina, a ideia é que as visitantes da Campus Party que forem até o stand do coaShe. possam escrever uma mensagem para as mulheres que estão ingressando neste momento na área de tecnologia.

“Estamos reforçando o foco do projeto, que é empoderar mulheres nas tomadas de decisão sobre sua jornada profissional, exercitar a autoconfiança e trocar experiências”. - Carolina Bonturi

Para mais informações, curtam a página do coaShe. no Facebook: https://www.facebook.com/coaShe

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