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Academia

Experiência Universitária: Os 3 Pilares da Universidade

Participando ativamente da tríade que move a universidade

Por Karen Figueiredo, Professora da UFMT
Coordenadora do Delete Seu Preconceito e Meninas Digitais MT, Colunista no InspirAda

Navegando pela web percebo que existe certa falta de informação sobre como aproveitar de fato certos aspectos da vida universitária e imagino que isso seja reflexo da falta de divulgação nos próprios ambientes universitários. Por isso resolvi iniciar a coluna informal Experiência Universitária no blog, começando com o básico: os 3 Pilares da Universidade - Ensino, Pesquisa e Extensão.


Pilares da Academia
Pilares da Academia. Imagem do Blog Thonny Hawany

O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão está descrito no artigo 207 da Constituição Federal de 1988, o que significa que estes eixos (ou pilares) devem ser tratados de formas equivalentes pelas instituições de ensino superiores (IES) além de estarem constantemente atuando de forma efetiva. Cada pilar existe por si só, eles são independentes funcionalmente. Entretanto, estão também interligados, e, portanto, indissociados em virtude, em prol da universidade.

Interligação entre Ensino, Pesquisa e Extensão
Interligação entre Ensino, Pesquisa e Extensão

Mas o que isso significa de fato para o aluno de graduação e como ele pode estar envolvido em cada um desses pilares?

A maioria dos alunos orienta sua vida acadêmica em torno das disciplinas que irá cursar e das notas que irá alcançar em cada uma delas. Essa parte, como é possível deduzir, se encontra no pilar do Ensino, onde a participação não é voluntária para aqueles que desejam concluir o curso e retirar o seu diploma. Porém, um diploma e boas notas no histórico já não são suficientes para o mercado competitivo em que vivemos, e são os pilares da Pesquisa e da Extensão que poderão ajudar o seu currículo acadêmico a ter um diferencial interessante.

Na universidade, professores elaboram projetos de Pesquisa e Extensão dos quais os alunos podem participar. Nos projetos de pesquisa, conhecimento científico e tecnológico são produzidos para nutrir a sociedade (e por consequência a própria universidade). Um aluno de graduação pode participar de um projeto de pesquisa através de um programa de iniciação científica, como bolsista ou voluntário (de acordo com as regras e editais da sua universidade). A iniciação científica tem geralmente a duração de um ano e é uma excelente oportunidade de estudar um tema de seu interesse (na maioria das vezes não discutido em sala de aula) mais a fundo.

Apesar da iniciação científica, como o próprio nome já diz, ser popularmente conhecida como a porta de entrada para o mundo acadêmico, o mercado tem passado a valorizar este tipo de experiência que envolve a resolução de problemas e estímulo ao pensamento crítico (veja mais informações interessantes sobre a iniciação científica nessa matéria do Estadão).

Já os projetos de extensão, fazem a ponte entre os saberes acadêmico (gerados no ensino e na pesquisa) e popular, realizando ações de integração junto à comunidade. A extensão pode ser observada como uma via de interação entre universidade e a sociedade capaz de operacionalizar a relação entre teoria e prática. Os projetos de extensão tem durações diversas dependendo da modalidade e finalidade de suas ações (ex.: cursos, eventos, prestação de serviços, etc).

Participar de um projeto de extensão é uma oportunidade maravilhosa para colocar em prática o conhecimento aprendido na universidade e exercitar o trabalho social e em equipe. O aluno de graduação pode atuar em um projeto de extensão como bolsista ou voluntário (novamente de acordo com as regras e editais da sua universidade). Também é possível participar de um projeto de extensão como público, por exemplo, inscrevendo-se nas ações dos projetos disponíveis na sua universidade. A maioria dos projetos de extensão oferece certificado para os participantes, como em cursos e palestras, ou seja, além de adquirir conhecimento esta é mais uma maneira de dar um upgrade no seu currículo.

Caso as regras de seleção e editais da sua universidade permitam, procure ingressar nas atividades de Pesquisa e Extensão ainda no primeiro ano do seu curso. Quanto mais cedo começar, melhor. Assim, é possível participar de mais atividades ao longo do curso, já que no final as coisas costumam ficar mais apertadas com o TCC e as atividades de estágio.

Ao ingressar em um projeto de pesquisa ou extensão, não espere ser remunerado sempre. A bolsa é importante, mas em muitos casos não existe em quantidade suficiente para todos os alunos desde o início. É comum ingressar em um projeto como voluntário e depois passar para o status de bolsista. Por isso, corra atrás e demonstre interesse! Agora, fique ligado: é importante que mesmo como voluntário a sua situação seja regularizada dentro da universidade para que a sua atuação no projeto possa ser comprovada posteriormente no seu currículo. Infelizmente, no Brasil a parte burocrática é valorizada e ter a papelada que comprova suas atividades é fundamental.

Articular as atividades de ensino, pesquisa e extensão no seu currículo acadêmico irá trazer benefícios pessoais e profissionais para a sua formação como aluno, contribuindo para uma experiência universitária mais completa e diferenciada.

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